Cirurgia do Cólon e Reto

cirurgia do cólon e reto

O intestino grosso faz parte do sistema digestório e é onde ocorre a última etapa do processo digestivo, a absorção da água e a formação do bolo fecal. O intestino grosso tem aproximadamente um metro e meio de comprimento e 6,5 centímetros de diâmetro.

Uma vez confirmada a indicação cirúrgica cólon e reto, exames para avaliação pré-operatória são solicitados a fim de confirmação das condições cardiológicas e anestésicas. 

Os exames pré-operatórios serão individualizados de acordo com o biotipo do paciente e a presença de doenças associadas. Entretanto, alguns exames são realizados de rotina.

Uma vez indicada a cirurgia colorretal e o paciente decidido em proceder a mesma, algumas recomendações serão realizadas a fim de otimizar a internação e o preparo físico e psicológico pré-operatório.

As medicações em uso serão ajustadas conforme o resultado dos exames pré-operatórios.

Aos tabagistas é solicitado que deixem, ou diminuam ao máximo, o uso de tabaco a fim de diminuir as chances de complicações pulmonares no pós-operatório, assim como permitir uma melhor oxigenação dos tecidos e consequentemente melhor cicatrização.

Caminhadas diárias ou hidroginástica no pré-operatório são de grande ajuda como preparo fisioterápico pré-operatório, melhorando e facilitando a respiração e circulação no período pós-operatório.

A obsessão pela higiene das diversas dobras de pele e umbigo é recomendada, pois frequentemente estas são sítios de dermatites por fungos. Para tanto, a higiene destas áreas com sabonete neutro e manutenção das mesmas sempre bem secas já é o suficiente.

Independentemente da técnica realizada, o paciente deverá realizar pelo menos 8 horas de jejum absoluto(inclusive para água), realizando sua higiene pessoal através de um prolongado banho utilizando sabonete neutro.

A cirurgia é feita via laparoscópica, através de incisões mínimas.

Nestes momentos que precedem a cirurgia, é importante que os familiares e amigos presentes estejam tranquilos a fim de propiciar ao paciente sentimento de segurança e serenidade.

Terminada a cirurgia, o paciente será encaminhado para a sala de recuperação.

Uma vez no quarto, o paciente será estimulado a sair da cama e sentar na poltrona, iniciando os exercícios de fisioterapia respiratória e motora. A movimentação precoce dos pacientes além de prevenir complicações, aumenta o ânimo, estimula a recuperação, permitindo um pequeno período de internação hospitalar. 

O momento da alta do hospital será determinado pela equipe médica segundo a evolução de cada paciente. Antes da alta, a equipe médica e de nutricionistas conversará prolongadamente com cada paciente a fim de lhe instruir quanto ao tipo de dieta a ser seguida, medicações a serem utilizadas, precauções a tomar, assim como fornecer ao paciente, telefones para contatar a equipe médica a qualquer momento.

Ao chegar em casa, o planejamento das atividades diárias é importante a fim de prevenir deslocamentos e desconfortos desnecessários, pois, em função do estresse, que o paciente foi submetido pela cirurgia e internação hospitalar, ele poderá sentir-se fraco e facilmente cansado após qualquer atividade. 

As caminhadas devem ser realizadas em local que seja plano, seco, sem obstáculos que possam causar acidentes, permitindo que o paciente sinta-se bem sem ficar muito cansado.

Recomenda-se dieta branda durante os primeiros 07 dias, com ingesta a cada 2 horas de algum alimento, evitando-se a ingerir quantidades de alimentos de uma só vez, assim como alimentos do tipo café sem leite, chimarrão, refrigerantes, doces e bebidas alcoólicas.

Ressalta-se sempre a prudência de cortar os alimentos em pequenos pedaços, mastigando bem os mesmos. 

Doenças

Câncer Colorretal

O câncer de intestino engloba os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

É tratável e, se detectado precocemente, na maioria dos casos, curável, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.

Riscos de Câncer Colorretal

Os principais riscos de desenvolver o câncer colorretal envolvem: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras). 

O consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.

Outros fatores de risco do câncer colorretal são histórico familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.

Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer colorretal, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Pacientes com essas doenças devem ter acompanhamento individualizado.

A exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama, pode aumentar o risco para câncer colorretal. Assim, profissionais do ramo da radiologia (industrial e médica) precisam ficar atentos.

 

Como prevenir o Câncer Colorretal

A manutenção do peso corporal dentro dos limites da normalidade, a prática de atividade física, assim como uma alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer colorretal. Alimentação saudável compreende, principalmente, alimentos in natura , minimamente processados e industrializados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes. Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de auxiliar no bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal. 

Verifique se seu peso está adequado com uma calculadora de IMC.

Não fumar e não se expor ao tabagismo.

Sintomas do Câncer Colorretal

Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer colorretal são:

  • sangue nas fezes;
  • alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados);
  • dor ou desconforto abdominal;
  • fraqueza e anemia;
  • perda de peso sem causa aparente.
  • alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas)
  • massa (tumoração) abdominal

Esses sinais e sintomas também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento específico.

Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico especialista, principalmente se não desaparecerem em poucos dias. 

Detecção precoce do Câncer Colorretal

A detecção precoce do câncer colorretal é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento.

 A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento) mas pertencentes a grupos de risco e com maior chance de ter a doença.

Os tumores de cólon e reto (colorretal) podem ser detectados precocemente através de dois exames principais: pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopias). 

Os principais sinais e sintomas sugestivos deste câncer são:

·        Sangramento nas fezes

·        Massa (tumoração) abdominal

·        Dor abdominal

·        Perda de peso e Anemia

·        Mudança de hábito intestinal

Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

Além do diagnóstico precoce, a Organização Mundial da Saúde recomenda que os países com condições de garantir a confirmação diagnóstica, referência e tratamento, realizem o rastreamento do câncer colorretal em pessoas acima de 50 anos, por meio do exame de sangue oculto de fezes.  Os casos positivos neste exame deverão fazer uma colonoscopia ou retossigmoidoscopia, onde o médico visualizará a parte interna do intestino buscando o câncer ou pólipos que possam vir a se transformar em câncer colorretal.

Diagnóstico do Câncer Colorretal

O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio). 

Tratamento do Câncer Colorretal

O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) dentro do abdômen. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia (uso de radiação), associada ou não à quimioterapia (uso de medicamentos), para diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor.

O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura são menores

Após o tratamento, é importante realizar o acompanhamento médico para monitoramento de recidivas ou novos tumores.

Saiba mais sobre o Câncer do Colorretal assistindo os nossos vídeos:

Março Azul – Câncer Colorretal: sintomas, diagnóstico e tratamento mesmo em doença avançada

Estadiamento Câncer Colorretal

Tudo o que você precisa sabe sobre Câncer de Reto


Os cirurgiões do Centro de Cirurgia Colorretal – CAD.RS participam ativamente de congressos nacionais e internacionais da área, apresentando e publicando suas técnicas e resultados, assim como debatendo os mais recentes avanços no diagnóstico e tratamento do câncer de Fígado. 

O resultado disto, é a aplicação de tratamentos de vanguarda que beneficiam os pacientes através de melhores sobrevidas, maiores chances de cura, e menores riscos operatórios.

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