Hérnias da parede abdominal
Vamos conversar à respeito


As hérnias abdominais são extremamente frequentes dentro da população e ocorrem quando há um enfraquecimento ou abertura na parede muscular do abdômen, permitindo que parte de um órgão ou tecido interno se projete para fora desta parede muscular.
Ainda que alguns pacientes não apresentem sintomas, o surgimento de uma tumoração no local da hérnia, com ou sem a presença de dor, são os sintomas mais comuns das hérnias abdominais. Da mesma forma, presença de muita dor associada a quadros sépticos podem ocorrer em casos graves, necessitando tratamento de urgência.
As principais hérnias abdominais incluem:
Clique sobre o tipo de hérnia na tabela acima que desejas saber mais à respeito
Hérnia Epigástrica
A hérnia epigástrica ocorre quando temos a fragilização da linha média acima do umbigo com protrusão do conteúdo intra-abdominal através de um orifício na camada aponeurótica. Corresponde a cerca de 3% das hérnias, sendo 6 vezes mais comum em homens, especialmente entre os de 20 e 50 anos de idade. A gordura pré-peritoneal é o conteúdo mais comum embora possa raramente também conter alças intestinais. Costumam ser pequenas e em cerca de 20% das vezes múltiplas (mais de um saco herniário).

Embora possa haver um favorecimento genético, a causa mais freqüente da hérnia epigástrica está associada ao esforço físico demasiado, trauma, e gestações repetidas. Frequentemente assintomáticas, porém, quando sintomáticas, normalmente não apresentam sintomas maiores além de desconforto local em algum ponto específico da linha média acima do umbigo. O encarceramento ou estrangulamento de algum conteúdo é infrequente.
O diagnóstico pode ser feito através da palpação e inspeção em pacientes magros, não necessitando de métodos de imagem. Em caso de dúvidas, pode ser utilizado a Ultrassonografia de parede abdominal, ou até a Tomografia Computadorizada do abdome superior nos pacientes mais obesos.
A cirurgia corretiva é o principal e definitivo tratamento para a hérnia epigástrica e sempre deve ser realizado com a maior brevidade devido ao caráter evolutivo, risco de encarceramento e estética desfavorável nos pacientes mais magros. Esta cirurgia pode por ser realizada por via aberta com incisão transversal (normalmente 2-3 centímetros) e reparo do defeito herniário, ou ainda por cirurgia minimamente invasiva (videolaparoscopia ou robótica) à depender do caso e indicação.
Importante notar que a literatura cita taxas altas de recorrência da hérnia após a correção (entre 20-30% dos casos), especialmente devido ao fato de um segundo, ou terceiro, saco herniário passarem despercebidos durante o tratamento.
A alta hospitalar costuma ocorrer no mesmo dia em quase a totalidade dos pacientes submetidos a cirurgia. As complicações costumam ser praticamente nulas, com o paciente retornando as suas atividades laborativas que não exijam esforço físico em cerca de 3-5 dias. Caminhadas são recomendadas desde os primeiros dias de pós operatório, reservando o início de exercícios mais vigorosos após 2-3 meses de cirurgia, dependendo do tamanho da hérnia corrigida.
Hérnia Umbilical
Ocorre na região do umbigo onde há uma abertura natural que pode não se fechar completamente após o nascimento ou enfraquecer ao longo do tempo. Estima-se que cerca de 10% das crianças nasçam com hérnias umbilicais e cerca de 6% dos adultos desenvolvam as mesmas, atingindo mais mulheres (3:1) entre a quinta e sexta décadas de vida.

Nas crianças a evolução natural é o fechamento espontâneo até o 5º ano de vida com os defeitos menores que 1 centímetro ocluindo em 95% dos casos. No adulto entretanto as hérnias não fecham espontaneamente, havendo a necessidade de correção cirúrgica para tal. No adulto a hérnia umbilical ocorre por enfraquecimento progressivo do tecido cicatricial do umbigo que tem o aumento da pressão intra-abdominal a principal causa (gestação, obesidade, tumores intra-abdominais, ascite, tosse crônica, ou exercícios físicos vigorosos). O grande omento é o conteúdo encontrado com maior freqüencia no interior desta hérnia porém as alças intestinais também podem protruir, aumentando o risco assim como as complicações.
Os principais sintomas são de protuberância na área umbilical, dor ou desconforto, especialmente ao tossir, levantar objetos pesados, ou durante atividades físicas. O diagnóstico é realizado através do exame físico do paciente, não sendo necessário exames suplementares na quase totalidade dos pacientes. Entretanto, especialmente em pacientes muito obesos, o diagnóstico pode ser mais difícil, havendo a necessidade da realização de uma ultrassonografia de parede abdominal ou excepcionalmente uma tomografia computadorizada do abdome.
Complicações do tipo encarceramento e estrangulamento de estruturas ocorrem em cerca de 5% dos pacientes, reforçando a necessidade de correção cirúrgica o mais breve possível a partir do diagnóstico.
A correção cirúrgica é recomendada de forma eletiva, especialmente se a hérnia causar sintomas de encarceramento ou aumentar de tamanho. Quando houver suspeita de estrangulamento a cirurgia de urgência deve ser realizada. A cirurgia consiste numa incisão arqueada supra ou infraumbilical, localização e ressecção do saco herniário, seguido de reparo do orifício aponeurótico. É frequente a necessidade de reconstrução ou reimplante do umbigo. Telas absorvíveis ou inabsorvíveis podem ser indicadas quando na presença de defeitos maiores (>= 4 centímetros de diâmetro), na presença de fragilidade aponeurótica (idosos, cirróticos, presença de ascite), ou ainda em pacientes que realizam grande esforço físico com o abdome (atletas, trabalhadores braçais, etc).
Embora a correçãp cirúrgica seja realizada na vasta maioria das vezes através de cirurgia aberta, ela também pode ser realizada através de cirurgia minimamente invasiva (acesso videolaparoscópico ou robótico) especialmente nos grande orifícios herniários.
Hérnia Inguinal
Definição: A região da virilha é um local em que diversas estruturas vasculares perfuram as aponeuroses que sustentam a nossa musculatura abdominal. No caso do homem, o cordão espermático que leva e traz as estruturas do testículo e, no caso da mulher, o ligamento redondo que dá sustentação útero e ao grande lábio vaginal. Esta configuração anatômica faz com que esta região seja suscetível a uma maior fraqueza da parede abdominal, resultando assim em hérnias. No caso, a hérnia inguinal (pode ser congênita ou adquirida ao longo do tempo) se caracteriza pela passagem ou projeção de conteúdo intra-abdominal através do canal inguinal. É a hérnia mais comum em homens atingindo 8 homes para cada 1 mulher e correspondendo a 70% de todas as hérnias.

Como fatores desencadeadores poderíamos apontar o aumento da pressão intra-abadominal (prostatismo, tosse crônica, atividades físicas demasiadas, obesidade, constipação, ascite, gravidez, grandes tumores pélvicos, etc) ou o enfraquecimento da mesma devido a diferentes doenças ou circunstâncias (idade avançada, tabagismo, traumatismos, HIV, atrofia muscular, doenças do colágeno, etc).
A principal queixa clínica é o aparecimento de protuberância na virilha que pode se estender até o escroto associado com maior ou menor dor ou desconforto, especialmente ao se curvar, tossir ou levantar peso.
O diagnóstico é realizado através do exame físico do paciente, não sendo necessário exames suplementares na quase totalidade dos pacientes. Entretanto, especialmente em pacientes muito obesos, o diagnóstico pode ser mais difícil, havendo a necessidade da realização de uma ultrassonografia de parede abdominal/regiões inguinais, ou excepcionalmente uma tomografia computadorizada do abdome.
Complicações do tipo encarceramento e estrangulamento de estruturas ocorrem com alguma frequência, reforçando a necessidade de correção cirúrgica o mais breve possível a partir do diagnóstico.
A cirurgia é o principal e definitivo tratamento recomendado para evitar complicações, como o encarceramento ou estrangulamento da hérnia. Consiste na localização do saco herniário, redução do conteúdo herniário, remoção do saco herniário, fechamento do defeito herniário, seguido de reforço da musculatura afetada através do uso de telas inabsorvíveis.
A correção cirúrgica pode ser através de cirurgia aberta, porém ela também pode ser realizada através de cirurgia minimamente invasiva (acesso videolaparoscópico ou robótico). As técnicas minimamente invasivas apresentam como grande vantagem (além de maior precisão, efetividade, resultado estético, menor sangramento e dor, e menor tempo de estada hospitalar) o rápido retorno as atividades normais com mínimo de comprometimento na rotina do paciente.
Hérnia Femural
Este tipo de hérnia acomete a região do canal femural, por onde passam os vasos femurais, junto a virilha, sendo de etiologia adquirida ao longo da vida. Como fatores desencadeadores poderíamos apontar o aumento da pressão intra-abadominal (prostatismo, tosse crônica, atividades físicas demasiadas, obesidade, constipação, ascite, gravidez, grandes tumores pélvicos, etc) ou o enfraquecimento da mesma devido a diferentes doenças ou circunstâncias (idade avançada, tabagismo, traumatismos, HIV, atrofia muscular, doenças do colágeno, etc).
A hérnia femural é 3x mais comum em mulheres pois nelas o formato da bacia permite maior árewa de pressão sobre a região, além de ter o canal femural mais largo em comparação aos homens

Normalmente assintomáticas, quando houver sintomas, o principal é o surgimento de tumoração logo abaixo da virilha que pode estar associado a dor de intensidade variada. O diagnóstico é realizado através do exame físico do paciente, não sendo necessário exames suplementares na quase totalidade dos pacientes. Entretanto, especialmente em pacientes muito obesos, o diagnóstico pode ser mais difícil, havendo a necessidade da realização de uma ultrassonografia de parede abdominal/regiões inguinais, ou excepcionalmente uma tomografia computadorizada do abdome.
A cirurgia é o principal e definitivo tratamento recomendado para evitar complicações, como o encarceramento ou estrangulamento da hérnia (que ocorrem com maior freqüência neste tipo de hérnia). Consiste na localização do saco herniário, redução do conteúdo herniário, remoção do saco herniário, fechamento do defeito herniário, seguido de reforço da musculatura afetada através do uso de telas inabsorvíveis.
A correção cirúrgica pode ser através de cirurgia aberta, porém ela também pode ser realizada através de cirurgia minimamente invasiva (acesso videolaparoscópico ou robótico). As técnicas minimamente invasivas apresentam como grande vantagem (além de maior precisão, efetividade, resultado estético, menor sangramento e dor, e menor tempo de estada hospitalar) o rápido retorno as atividades normais com mínimo de comprometimento na rotina do paciente.
Hérnia Incisional
Este tipo de hérnia se desenvolve no local de uma incisão cirúrgica prévia, onde a cicatrização não foi adequada, resultando em fraqueza muscular. É encontrada com freqüência significativa atingindo mais de 10% das incisões abdominais. A principal queixa é o surgimento de uma tumoração junto ao local da cicatriz, com dor ou desconforto de intensidade variável, especialmente ao realizar esforços físicos.

Como fatores predisponentes poderíamos apontar:
- Técnica cirúrgica deficiente
- Infecção pós-operatória
- Idade avançada
- Desnutrição
- Ascite
- Obesidade
- Gravidez
- Tosse intensa e crônica
- Anemia
- Tabagismo
- Uso de corticoesteróides
A cirurgia é o principal e definitivo tratamento recomendado para evitar complicações, como o encarceramento ou estrangulamento da hérnia (que ocorrem com maior freqüência neste tipo de hérnia). Consiste na localização do saco herniário, redução do conteúdo herniário, remoção do saco herniário, fechamento do defeito herniário, seguido de reforço da musculatura afetada através do uso de telas absorvíveis, inabsorvíveis ou sutura simples.
A correção cirúrgica pode ser através de cirurgia aberta, porém ela também pode ser realizada através de cirurgia minimamente invasiva (acesso videolaparoscópico ou robótico). As técnicas minimamente invasivas apresentam como grande vantagem (além de maior precisão, efetividade, resultado estético, menor sangramento e dor, e menor tempo de estada hospitalar) o rápido retorno as atividades normais com mínimo de comprometimento na rotina do paciente.
Hérnia de Spiegel
É um tipo de hérnia rara (correspondendo a 0,1 a 2% de todas as hérnias) que se localiza em das bordas laterais dos músculos reto abdominal (também conhecida como fáscia de Spiegel).
Podendo ser congênita ou adquirida ao longo da vida , a hérnia de Spiegel atinge com maior freqüência mulheres idosas (embora também possa acometer pacientes jovens), com diâmetro menor que 2 cm em cerca da metade dos casos.

Seu diagnóstico é difícil e pautado por queixas vagas de dor ou desconforto local, podendo ou não ser palpado tumoração de parede abdominal.
Importante notar que a hernia De Spiegel é um tipo de hérnia que disseca os planos entre os músculos laterais do abdome sem rompê-los em sua totalidade o que dificulta a palpação de um eventual anel herniário e por sua vez o diagnóstico clínico. O encarceramento de estruturas intra-abdominais no interior do saco herniário ocorre com freqüência o que torna este tipo de hérnia especialmente ameaçadora devido ao diagnóstico tardio da mesma e de suas complicações.
Exames de imagem são fundamentais para confirmação diagnóstica, podendo ser utilizada a ultrassonografia de parede abdominal ou a tomografia computadorizada com contraste endovenoso.
A correção cirúrgica pode ser realizada através de cirurgia aberta, porém ela também pode ocorrer através de cirurgia minimamente invasiva (acesso videolaparoscópico ou robótico). As técnicas minimamente invasivas apresentam como grande vantagem (além de maior precisão, efetividade, resultado estético, menor sangramento e dor, e menor tempo de estada hospitalar) o rápido retorno as atividades normais com mínimo de comprometimento na rotina do paciente.
Hérnia Complexa
Hérnias complexas podem ser definidas pelo alto grau de dificuldade ou de refino técnico necessários para sua correção onde vários fatores são levados em consideração desde tamanho do anel herniário (>=10cm), atrofia muscular da região presente, tempo da doença, idade e situação clínica do paciente, presença de tela ou fístulas entéricas, tentativas de correções prévias, etc. Este tipo de hérnia costuma ocorrer na vasta maioria das vezes em pacientes com cirurgias prévias onde houve grande crescimento de uma hernia incisional. Assim, hérnias complexas são infrequentes em hérnias primárias da parede abdominal.
Como sintomas o paciente pode apresentar a presença de grandes tumorações abdominais associadas a dor, vômitos de repetição, constipação, dificuldade de realizar atividades físicas, ou grande perda estética no abdome.
Embora o diagnóstico seja facilmente realizado através do exame clínico, há a necessidade de realização de diversos exames diagnósticos e de avaliação. Como exames diagnósticos, a tomografia computadorizada do abdome e a ressonância magnética do abdome ambos com contraste endovenoso são os principais exames. Estes permitirão avaliarmos a distância entre os músculos do anel herniário, grau de atrofia muscular, presença de órgão no interior da hérnia, presença de outras hérnias, entre outros detalhes técnicos. Além disto, minuciosa avaliação cardiovascular, pulmonar, assim como do tubo digestivo, deverá ser realizada para avaliarmos riscos cirúrgicos ou eventualmente a associação de outras cirurgias.
Sempre que houver condições clínicas, o paciente deve realizar a correção cirúrgica destas hérnias em função que as mesmas aumentam de tamanho ao longo do tempo, propiciando piora da atrofia muscular assim como dos riscos de complicações.
A correção cirúrgica pode ser realizada através de cirurgia aberta, porém ela também pode ocorrer através de cirurgia minimamente invasiva (acesso videolaparoscópico ou robótico). As técnicas minimamente invasivas apresentam como grande vantagem (além de maior precisão, efetividade, resultado estético, menor sangramento e dor, e menor tempo de estada hospitalar) o rápido retorno as atividades normais com mínimo de comprometimento na rotina do paciente.
Tratamento Cirúrgico Das Hérnias Abdominais X Cirurgia Robótica
A cirurgia é o único tratamento definitivo para hérnias abdominais. As técnicas cirúrgicas evoluíram significativamente, oferecendo abordagens menos invasivas e com melhores resultados.
Neste contexto, a cirurgia robótica tem ganhado grande destaque, sendo uma evolução da laparoscopia ao proporcionar maior precisão e controle ao cirurgião. Utilizando pequenas incisões, a cirurgia robótica resulta em menos dor, menor sangramento, cicatrizes menores e recuperação mais rápida, tanto às atividade rotineiras, como laborativas e esportivas. Nos casos complexos ou de recidiva de hérnia a cirurgia robótica tem se demonstrado especialmente vantajosa.
Benefícios da Cirurgia Robótica:
- Maior precisão cirúrgica.
- Menor trauma tecidual.
- Menor sangramento
- Maior liberdade de movimentos ao cirurgião
- Maior conforto ao cirurgião
- Redução do risco de complicações.
- Recuperação mais rápida as atividades rotineiras, físicas e laborativas.
- Cicatrizes menores e esteticamente melhores.
No Centro de Cirurgia do Aparelho Digestivo (CAD), oferecemos técnicas avançadas para o tratamento de hérnias abdominais, incluindo a cirurgia robótica. Nossa equipe está comprometida em proporcionar o melhor cuidado possível, utilizando tecnologia de ponta para garantir resultados excelentes.
Se você apresenta sintomas de hérnia ou deseja saber mais sobre as opções de tratamento, agende uma consulta conosco.