Cirurgia do Duodeno

O Duodeno precede o jejuno e o íleo e, junto com eles forma o intestino delgado, que começa no tubo duodenal. Nos seres humanos, o duodeno é um tubo oco que se liga ao estômago e o jejuno e onde ocorre a maior parte do sistema digestório (cerca de 80% da digestão ocorre no duodeno). É a primeira porção do intestino delgado e também a parte mais curta desse órgão. É dividido em quatro partes: superior, descendente, horizontal (inferior) e ascendente. Sua principal função é receber os alimentos parcialmente digeridos do estômago e continuar o processo digestivo.

Curiosidade: Seu nome deriva do latim e se deve ao fato do órgão ter o comprimento de cerca de 12 dedos (25 a 30 cm).

Uma vez confirmada a indicação cirúrgica do duodeno, exames para avaliação pré-operatória são solicitados a fim de confirmação das condições cardiológicas e anestésicas. 

Os exames pré-operatórios serão individualizados de acordo com o biotipo do paciente e a presença de doenças associadas. Entretanto, alguns exames são realizados de rotina.

Uma vez indicada a cirurgia do estômago e o paciente decidido em proceder a mesma, algumas recomendações serão realizadas a fim de otimizar a internação e o preparo físico e psicológico pré-operatório.

As medicações em uso serão ajustadas conforme o resultado dos exames pré-operatórios.

Aos tabagistas é solicitado que deixem, ou diminuam ao máximo, o uso de tabaco a fim de diminuir as chances de complicações pulmonares no pós-operatório, assim como permitir uma melhor oxigenação dos tecidos e consequentemente melhor cicatrização.

Caminhadas diárias ou hidroginástica no pré-operatório são de grande ajuda como preparo fisioterápico pré-operatório, melhorando e facilitando a respiração e circulação no período pós-operatório.

A obsessão pela higiene das diversas dobras de pele e umbigo é recomendada, pois frequentemente estas são sítios de dermatites por fungos. Para tanto, a higiene destas áreas com sabonete neutro e manutenção das mesmas sempre bem secas já é o suficiente.

Independentemente da técnica realizada, o paciente deverá realizar pelo menos 8 horas de jejum absoluto(inclusive para água), realizando sua higiene pessoal através de um prolongado banho utilizando sabonete neutro.

A cirurgia do esôfago é feita via laparoscópica, através de incisões mínimas.

Nestes momentos que precedem a cirurgia do esôfago, é importante que os familiares e amigos presentes estejam tranquilos  a fim de propiciar ao paciente sentimento de segurança e serenidade.

Terminada a cirurgia do duodeno, o paciente será encaminhado para a sala de recuperação.

Uma vez no quarto, o paciente será estimulado a sair da cama e sentar na poltrona, iniciando os exercícios de fisioterapia respiratória e motora. A movimentação precoce dos pacientes além de prevenir complicações, aumenta o ânimo dos pacientes, estimula a recuperação, permitindo um pequeno período de internação hospitalar. 

O momento da alta do hospital será determinado pela equipe médica segundo a evolução de cada paciente. Antes da alta, a equipe médica e de nutricionistas conversará prolongadamente com cada paciente a fim de lhe instruir quanto ao tipo de dieta a ser seguida, medicações a serem utilizadas, precauções a tomar, assim como fornecer ao paciente, telefones para contatar a equipe médica a qualquer momento.

Ao chegar em casa, o planejamento das atividades diárias é importante a fim de prevenir deslocamentos e desconfortos desnecessários, pois, em função do estresse, que o paciente foi submetido pela cirurgia e internação hospitalar, ele poderá sentir-se fraco e facilmente cansado após qualquer atividade. As caminhadas devem ser realizadas em local que seja plano, seco, sem obstáculos que possam causar acidentes, permitindo que o paciente sinta-se bem sem ficar muito cansado.

Recomenda-se dieta branda durante os primeiros 07 dias, com ingesta a cada 2 horas de algum alimento, evitando-se ingerir grandes quantidades de alimentos de uma só vez, assim como alimentos do tipo café sem leite, chimarrão, refrigerantes, doces e bebidas alcoólicas.

Ressalta-se sempre a prudência de cortar os alimentos em pequenos pedaços, mastigando bem os mesmos. 

Doenças

Doença de Crohn

A Doença de Crohn é uma doença inflamatória séria do trato gastrointestinal, que afeta predominantemente a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso (cólon) – mas pode acometer desde a boca até o ânus. 

É uma enfermidade crônica e provavelmente provocada por desequilíbrio do sistema de defesa do organismo. Normalmente ocorre entre 20 e 40 anos, mas pode aparecer entre os 20 e 40 anos, mas pode aparecer em qualquer idade.

Doença de Crohn x colite ulcerativa

Como a doença de Crohn se comporta como a colite ulcerativa, sendo difícil diferenciar uma da outra, as duas doenças são agrupadas na categoria de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII).

Dessa forma, o termo Doença de Crohn pode ser usado, para identificar a doença, qualquer que seja a parte do corpo afetada (íleo, cólon, reto, ânus, estômago, duodeno).

Sintomas de Doença de Crohn

Os sintomas da doença de Crohn geralmente são:

  • Diarreia
  • Cólica abdominal
  • Febre
  • Sangramento retal
  • Perda de apetite
  • Perda de peso
  • Dores articulares (dores nas juntas)
  • Hemorroidas
  • Fissuras (lesões) na região anal

Evolução da doença

O curso da doença de Crohn é imprevisível. Alguns pacientes não têm nenhum sintoma até que ocorre uma crise ou começam a surgir reclamações, que se modificam ao longo de um período.

Como a doença de Crohn não evolui da mesma forma em todos os pacientes, o diagnóstico é complexo e difícil.

Porém, há uma classificação básica da doença, conforme os sintomas:

Leve a moderada

Neste estágio, o paciente tem diarreia frequente e dor abdominal, mas pode andar e comer normalmente.

Não está desidratado, nem tem febre alta. Também não sente dor abdominal forte, obstrução ou perda de peso de mais de 10%.

Moderada a grave

É o paciente que falhou no tratamento de doença leve a moderada ou tem sintomas mais evidentes, como febre, perda de peso significativa, dor abdominal ou sensibilidade, náusea e vômitos intermitentes ou anemia significativa.

Fulminante

Sintomas persistentes apesar de ter passado pelo tratamento adequado para o estágio moderado ou grave da doença.

Pode apresentar febre alta e vômitos persistentes. O paciente tem também evidências de obstrução intestinal ou abcesso, além de perda de peso mais grave.

Diagnóstico de Doença de Crohn

A Doença de Crohn tem sido historicamente difícil de diagnosticar, porque os sintomas variam em cada paciente e a maioria deles é também comum em outras doenças infecciosas do intestino.

Para o diagnóstico da doença não há um exame específico que determine  se uma pessoa sofre ou não de Doença de Crohn. O médico avalia todos os sintomas, conhece o histórico do paciente, realiza exames físicos e uma variedade de testes de clínicos e de laboratório.

Tratamento de Doença de Crohn

O tratamento para a doença de Crohn deve ser feito em etapas.

Com base em um sistema de mensuração da atividade da doença baseado no número de evacuações, dor abdominal, indisposição geral, ocorrência de fístulas e de manifestações patológicas à distância, que permite classificar a Doença de Crohn em leve, moderada ou grave.

Se a doença de Crohn é leve, o médico acompanha a evolução do paciente prescrevendo um tratamento bem mais leve do que o arsenal usado nos casos mais agudos.

A Doença de Crohn não têm cura, até o momento. Os medicamentos disponíveis são prescritos para conter o processo inflamatório desregulado, com o objetivo de reduzir os sintomas da fase aguda, estimular o período de remissão e fazer a manutenção do mesmo.

Cirurgia da Doença de Crohn

O tratamento cirúrgico para a doença de Crohn é necessário para tratar obstruções, complicações e falta de resposta ao tratamento clínico.

Úlceras

Vistas como doenças comuns, as úlceras no estômago e no duodeno podem, na verdade, trazer sérios riscos para a saúde, podendo até mesmo levar à morte por sangramentos excessivos e perfurações desses órgãos. 

Um dos principais sintomas que se manifestam é a dor abdominal, geralmente na parte superior central, logo abaixo do osso esterno. “Costuma ser uma dor que vai e vem, e que melhora quando o indivíduo usa antiácidos. Pode piorar após a refeição. O portador de úlcera gástrica ou duodenal também pode apresentar mal-estar, sensação de desconforto digestivo, impressão de ficar muito cheio após as refeições, gases, náuseas e salivação excessiva.

“Os sintomas são variáveis e não há como diferenciar úlceras de indigestões inocentes apenas pelo padrão deles. Portanto, um médico precisa ser consultado. A necessidade de ir a um gastroenterologista é ainda maior se a pessoa tiver mais de 40 anos, souber de antecedentes de casos de infecção pela bactéria Helicobacter Pylori, úlcera ou câncer de estômago na família ou estiver usando remédios que afetem o sistema digestivo e a coagulação.

O que causa as úlceras é um desequilíbrio na ação do ácido gástrico, que normalmente auxilia na digestão dos alimentos e combate bactérias. Os fatores mais comuns que levam a isso são infecção pela Helicobacter Pylori, que responde por cerca de 85% dos casos, e uso de anti-inflamatórios como o diclofenaco, aspirina e ibuprofeno, muito conhecidos e utilizados indiscriminadamente em distensões, gripes. Estas medicações são perigosas e a auto-medicação e uso excessivo podem provocar úlceras. Estresse, álcool e cigarro também podem ser responsáveis.

Diagnóstico de úlcera do duodeno

O diagnóstico de úlcera é feito pela endoscopia digestiva, exame em que o médico consegue visualizar o esôfago, o estômago e o duodeno com um aparelho de fibra ótica. O exame ainda permite a realização de biópsia, para quando há dúvidas.

O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. O Tratamento clínico da úlcera utiliza medicamentos que neutralizam a agressão da mucosa pelo ácido. A cirurgia foi muito usada no passado, mas atualmente são indicadas apenas para os casos que não respondem às medicações e apresentem hemorragia grave, perfuração, estreitamento e obstrução, tudo que impeça o alimento de chegar até o intestino delgado.

Prevenção de úlcera do duodeno

A prevenção das úlceras não é exatamente fácil, já que elas podem estar ligadas a fatores genéticos. De qualquer forma é importante manter hábitos saudáveis, alimentando-se com quantidades moderadas e em horários regulares, evitar o estresse, cigarro, bebidas alcoólicas e realizar consultas médicas periódicas.

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